ALVORADA DA PELE




Água viva sustenta coluna;
o cravo é a espinha dorsal,
camadas da memória.
Espécie em extinta distinção;
barreira, parede de passarinhos.
Cela canto; telhas escondidas,
diversão, renda da sobrevida.
Xadrez é o disfarce entabuado.
O scanner da pele, a tinta.
Água feita de poros,
anéis de angelus.
Soco na cara;
esquerda, direita,
camaleão esmagado e
mariposas na casca de árvore.
Verdade malhada;
escamas de tigre,
tupi fisiologia.
Ser no signo do monitor;
vira copos pegador,
suco de pele de cobra.
Copaíba em febre;
histórico lipídio mentiroso,
ouvido incerto.
Dúvidas de fechadura
dilatada em série;
pena repele,
queratina tanque,
queloide de guerra.
Ideias desconexas;
sílica bebe
ex peculiações
da rocha neve,
pele, soros circulares.
Solos.

ALVORADA DA ÁGUA


chip banzé caçador de gotas
animal de folhas
aurora do sangue
água bastarda do sol
passa quatro
riacho doce
bochechas rosadas
bigode de fome
desafio de salão
corisa faísca
erosão de lótus
raiz do transatlântico
arca de Noé
obras de saneamento
cheiro de merda
reciclagem do amor
reuso de chaminé
o vapor é o labirinto
amazona Tietê
lago feito de tromba
mordida no pescoço
cachoeira do mané
Brutus rúcula
indestrutível
mine caçador
homem escorrido
agulha do mar
brilho de lampião
ninhagara do pé
suor de avião
pré poema
lágrimas de torneira


ALVORADA DO OSSO


seguro de vida
côco de bananeira
liquidificador
energia termo negativo
sangue e leite
pêlo do coração
cálcio de arruda
olhar de hipopótamo
resfriamento flexor
tensos banhos seios
petrificação elástica
membrana do nervo
ferro do peito da mãe
amamenta estrelas
grito melancia
gelo
ovo amniótico
cegueira estrutural
vitalidade tubular
boleada na cara
oco vivo
câncer caprinocída
chifre em defesa do nervo
despertador voador leve
águia do porco
água polida incessantemente
fura caule
laboratório casquinha de si ri
argila delicada
exo-tapete-corneta
tronco célula láctea
reaccionário costela
pesado magérrimo
mamífero alegre

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