Nouveau Decó
Pedras duras se criaram
Giro desgraçado a seu cuidado
Contos eróticos em desventuras
Abra os olhos escravizados
Nada que tenha ver com seus delírios
Revestidos de calo e alegria
Mas sim sobre as injurias que sofrem as humanidades
Inconfidências
Pobres de espírito não devem sonhar
Por negócios de afecto, infecto
Por pensar de cabeça fria
Ouro Preto, divã, namoradeira
Janela de madeira azul
Madeira e gradil em sangue vil
Na casa mau provida do poeta
Além mar, pagam o juízo
Cartas sem nome assinadas com pavio
Veja o chumbo e o enxofre e agora feche os olhos
Não morrerás escondido
Heróis chegam a glória depois dos degolados poetas
Se tu não fosses em repetidos anseios, libertinagem
Terias o mau costume e seria vaqueiro do gado alheio
Sinta o azul que o céu estende a vossa amada
Ele aparece costurando uma rede numa sala barroca
Meio confidente
Meio levante
Desejo a felicidade antes de chegar a ela
Sou um poeta na tropa sob preguiça tropical
O matar abaulado do arco abatido
Leões no gradil, medalhões
É justo que haja a liberdade acorrentado ao poste,
Pois honra quem o castigas.